Sua picada contém veneno suficiente para matar mais de 100 pessoas ou 250 mil camundongos. Ela é uma parente distante da coral verdadeira (Micrurus sp.), que lidera o ranking das peçonhentas brasileiras mais venenosas, estando a frente da cascavel e da surucucu-pico-de-jaca (apesar de ser a mais venenosa, a coral é responsável por apenas 1% dos acidentes com cobras no país).
De acordo com o biólogo Otávio Marques, do Instituto Butantan, em São Paulo, tanto a taipan quanto a coral pertencem à família Elapidae, que conta com aproximadamente 240 espécies altamente venenosas, as quais estão distribuídas em todo o planeta, exceto na Europa.
O veneno da taipan do interior age no sistema nervoso periférico, causando parada respiratório e levando a vítima a morte em poucos minutos. Outras cobras venenosas inoculam substâncias tóxicas que provocam distúrbios na coagulação do sangue, necrose local e hemorragias.
Também existem serpentes, como as serpentes marinhas, cujo veneno, chamado de miotóxico, leva a distribuição das fibras musculares e a insuficiência renal aguda. Em todos os casos, as vítimas precisam ser atendidas o mais rápido possível para que tenham chances de sobreviver.
